domingo, 21 de setembro de 2014

Rio de Janeiro

Por Moara Volpato e Rubataiana Menezes




Primeiro, um pouco de historia...

• Descoberto por Gaspar Lemos no dia 1º de janeiro de 1502, ele  e sua expedicao acreditaram ter chegado na desembocadura de um grande rio, daí o fato de terem-no batizado de “Rio de Janeiro”.
•Primeiros a se estabalecerem na região: franceses. Expulsão definitiva ocorreu somente em 1567.
Século XVIII
O Rio de Janeiro torna-se uma cidade mundialmente conhecida como ponto de partida e entreposto de fornecimento das Minas Gerais. A grande febre do ouro contagia toda a população. A abertura do Caminho Novo pelos bandeirantes, transpondo a Serra do Mar e a Serra da Mantiqueira, estabelece uma ligação direta entre o Rio de Janeiro e os distritos mineiros: os engenhos e plantações se despovoam. É necessário importar negros em quantidades ilimitadas.
A exportação do ouro obriga a adaptação do antigo porto do Rio de Janeiro, agora visitado por linhas regulares de navegação.
1763 - Carta Régia transfere a sede do Governo do Estado do Brasil de Salvador para o Rio de Janeiro. Graças à descoberta do ouro das Minas Gerais, a região Centro Sul assume grande importância econômica. A cidade do Rio de Janeiro contava com cerca de 50 mil habitantes.
No final do século, a decadência da mineração provoca sérias alterações no panorama social e econômico da Capitania do Rio de Janeiro, retornando grande contingente populacional às terras. A Bahia volta a ser a mais rica capitania.
Na região de Campos dos Goitacazes, os canaviais tornam-se mais numerosos. O café começa a ser plantado (matrizes vindas do Pará, onde era plantado desde 1727), há produção de sal marinho em Cabo Frio e Parati fabrica aguardente, trocada por escravos no litoral africano.
Século XIX

Rio de Janeiro: a capital do Estado do Brasil (desde 1763) e Salvador: a maior cidade.
O Príncipe Regente D. João faz-se acompanhar da Corte por mais de dez mil pessoas. A cidade do Rio de Janeiro e as terras vizinhas passaram a se desenvolver extraordinariamente, com grandes melhoramentos urbanos. Transferem-se para o Brasil todos os órgãos da Administração Pública e da Justiça, criam-se academias, hospitais, quartéis, tornando-se também o Rio de Janeiro ponto de partida de inúmeras expedições científicas.
Os cafezais, inicialmente cultivados nos arredores da cidade do Rio de Janeiro, atingem Angra dos Reis e Parati, evoluindo para o vale do Rio Paraíba do Sul até as encostas da serra fluminense. O café passa então a concorrer com as lavouras tradicionais: açúcar, algodão e tabaco. Importantíssimo negócio foi o tráfico de escravos trazidos aos milhares em navios negreiros e vendidos aos fazendeiros e comerciantes.
Dentro da Baía de Guanabara era praticada pesca em grande escala, inclusive de baleia, cujo óleo era utilizado para a iluminação da cidade.

Século XX



•A cidade do Rio de Janeiro conheceu seu maior esplendor entre os anos de 1920 e 1950, quando pessoas do mundo inteiro eram atraidas pelo seu romantismo, cassinos e belezas naturais. Somente em 1960, com a construcao de Brasília, é que a cidade deixaria de ser capital do Brasil.
•No ano de 1920, a população do Rio de Janeiro já ultrapassava meio milhão de habitantes.

... geografia...

ESTADOS VIZINHOS
•Minas Gerais ao norte e noroeste
•Sao Paulo ao sudoeste
•Oceano Atlãntico ao leste e sul
•Espirito Santo ao nordeste


Relevo
•  É constituído por três unidades básicas: As terras altas, também chamadas de Serra Fluminense (acima de 200 m de altitude) terras baixas ou Baixada Fluminense( abaixo de 200 m de altitude) e maciços litorâneos (formações rochosas ao longo da costa como, por exemplo, o Corcovado). O ponto mais alto do Estado é o Pico das Agulhas Negras, com 2791 m de altitude.
O litoral
•O litoral do estado é muito recortado, e se estende por 636 quilômetros, sendo que possui várias baías e um grande número de ilhas.

Clima
•Varia de acordo com a proximidade do mar e o relevo. A Serra apresenta um clima mais ameno. Na baixada, o clima é tropical semiúmido, com temperatura média de 24 graus e chuvas abundantes, principalmente na base da Serra do Mar

... economia...
•O Estado do Rio de Janeiro é a segunda maior economia do Brasil, atrás de São Paulo. A principal atividade econômica está ligada a prestação de serviços e ao setor terciário que inclui também o turismo.
•O parque industrial é composto por indústrias metalúrgicas, siderúrgicas, químicas, de alimentos, mecânicas, editorial e de celulose.
•Extrativismo: petróleo; responsável por grande parte da produção nacional.
•A menor participação produtiva na composição do PIB do Estado é a agropecuária.
•Destaque para a produção de: cana-de-açúcar, mandioca, tomate, arroz, feijão, milho, batata, laranja e banana.
•Participação geral no PIB nacional: 11,2%


E finalmente, a gastronomia!
O que mais caracteriza a culinaria carioca é a forte influência portuguesa, fato decorrente da vinda da Familia Real Portuguesa em 1808 e do estabelecimento da Corte no estado, que foi a Capital do Brasil até o século XX. Obviamente, modificações foram feitas para melhor se adaptarem aos insumos regionais.
Um opção muito carioca e muito tradicional são os pratos a base de bacalhau, uma óbvia e deliciosa herança portuguesa que se estende até hoje sem muitas alterações. Aliás, existem muitos restaurantes especializados em servir bacalhau em todo o Rio de Janeiro, principalmente o tradicional “Bacalhau à Gomes de Sá”. E, para quem não sabe o que pedir, comece com um delicioso bolinho de bacalhau, fácil de encontrar nos inúmeros botecos distribuídos pela cidade.


Bacalhau à Gomes de Sá


Bolinho de Bacalhau
A presença de inúmeros outros peixes, assim como de frutos do mar, é outra caracteristica marcante da culinária carioca, graças ao seu extenso litoral, que oferece a possibilidade de uma vasta variedade de insumos.


Sardinha frita
Mas, talvez, a mais carioca de todas as comidas seja a feijoada, tão querida em todo o estado. A feijoada carioca tem que ser com feijão preto e levar várias partes do porco, incluídos os focinho, orelhas e pés. De acompanhamento, arroz branco, couve abafada, farofa, torresmo e laranjas. Para os apreciadores, inclui-se também um molhinho de pimenta à parte.
A feijoada é tão típica que toda a quadra de escola de samba serve a iguaria pelo menos uma vez ao ano. (E tem coisa melhor que feijoada e samba?).

Feijoada Carioca
•As técnicas da doçaria portuguesa também foram bastante absorvidas pelos escravos, com destaque para os doces à base de ovos. O quindim, por exemplo, é uma referência da troca entre colonizadores e colonizados.



•Confeitaria Colombo: fundada em 1894 pelos imigrantes portugueses Joaquim Borges de Meireles e Manuel José Lebrão, localizada no centro histórico da cidade, sendo um dos principais pontos turísticos da região central do Rio de Janeiro. Arquitetura e ambiente remetem à Belle Époque vivida pela República, com toques de art nouveau. Sua fama vem de seus pastéis de nata e outros doces e confeitos lusitanos oferecidos aos exigentes clientes e turistas. Entre os clientes famosos da confeitaria estão Chiquinha Gonzaga, Olavo Bilac, Emílio de Meneses, Rui Barbosa, Villa-Lobos, Lima Barreto, José do Patrocínio, Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek, entre muitos outros.



A preparacao que escolhemos para apresentar é o Toucinho do Céu, espécie de bolo que demonstra muito bem a heranca portuguesa.

Veja a receita aqui!

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