Por Moara Volpato e Rubataiana Menezes
Primeiro,
um pouco de historia...
• Descoberto por Gaspar Lemos no dia 1º de janeiro de 1502, ele e sua expedicao acreditaram ter chegado na desembocadura de um grande rio,
daí o fato de terem-no
batizado de “Rio de Janeiro”.
•Primeiros a se estabalecerem na
região: franceses. Expulsão definitiva ocorreu somente em 1567.
Século
XVIII
O Rio de Janeiro torna-se uma cidade
mundialmente conhecida como ponto de partida e entreposto de fornecimento das
Minas Gerais. A grande febre do ouro contagia toda a população. A abertura do
Caminho Novo pelos bandeirantes, transpondo a Serra do Mar e a Serra da
Mantiqueira, estabelece uma ligação direta entre o Rio de Janeiro e os
distritos mineiros: os engenhos e plantações se despovoam. É necessário
importar negros em quantidades ilimitadas.
A exportação do ouro obriga a adaptação
do antigo porto do Rio de Janeiro, agora visitado por linhas regulares de navegação.
1763 - Carta Régia
transfere
a sede do Governo do Estado do Brasil de Salvador para o Rio de Janeiro. Graças
à descoberta do ouro das Minas Gerais, a região Centro Sul assume grande
importância econômica. A cidade do Rio de Janeiro contava com cerca de 50 mil
habitantes.
No final do século,
a
decadência da mineração provoca sérias alterações no panorama social e
econômico da Capitania do Rio de Janeiro, retornando grande contingente
populacional às terras. A Bahia volta a ser a mais rica capitania.
Na região de Campos
dos Goitacazes, os
canaviais tornam-se mais numerosos. O café começa a ser plantado (matrizes
vindas do Pará, onde era plantado desde 1727), há produção de sal marinho em
Cabo Frio e Parati fabrica aguardente, trocada por escravos no litoral africano.
Século
XIX
Rio de Janeiro: a capital do Estado do Brasil (desde 1763)
e Salvador:
a
maior cidade.
O Príncipe Regente D. João faz-se
acompanhar da Corte por mais de dez mil pessoas. A cidade do Rio de Janeiro e
as terras vizinhas passaram a se desenvolver extraordinariamente, com grandes
melhoramentos urbanos. Transferem-se para o Brasil todos os órgãos da
Administração Pública e da Justiça, criam-se academias, hospitais, quartéis,
tornando-se também o Rio de Janeiro ponto de partida de inúmeras expedições científicas.
Os cafezais, inicialmente cultivados nos
arredores da cidade do Rio de Janeiro, atingem Angra dos Reis e Parati,
evoluindo
para o vale do Rio Paraíba do Sul até as encostas da serra fluminense. O café
passa então a concorrer com as lavouras tradicionais: açúcar, algodão e tabaco.
Importantíssimo negócio foi o tráfico de escravos trazidos
aos milhares
em
navios negreiros e vendidos aos fazendeiros e comerciantes.
Dentro da Baía de Guanabara era praticada
pesca em grande escala, inclusive de baleia, cujo óleo era utilizado para a
iluminação da cidade.
Século
XX
•A cidade do Rio de Janeiro conheceu
seu maior esplendor entre os anos de 1920 e 1950, quando pessoas do mundo inteiro eram
atraidas pelo seu romantismo, cassinos e belezas naturais. Somente em 1960, com
a construcao de Brasília, é que a cidade deixaria de ser capital do Brasil.
•No ano
de 1920, a população do Rio de Janeiro já ultrapassava meio
milhão de habitantes.
... geografia...
ESTADOS
VIZINHOS
•Minas Gerais
ao norte e noroeste
•Sao Paulo ao
sudoeste
•Oceano Atlãntico
ao
leste
e sul
•Espirito Santo ao nordeste
Relevo
• É
constituído por três unidades básicas: As terras altas, também chamadas de
Serra Fluminense (acima de 200 m de altitude) terras baixas ou Baixada
Fluminense( abaixo de 200 m de altitude) e maciços litorâneos (formações
rochosas ao longo da costa como, por exemplo, o Corcovado). O ponto mais alto
do Estado é o Pico das Agulhas Negras, com 2791 m de altitude.
O
litoral
•O
litoral do estado é muito recortado, e se estende por 636 quilômetros, sendo
que possui várias baías e um grande número de ilhas.
Clima
•Varia
de acordo com a proximidade do mar e o relevo. A Serra apresenta um clima mais
ameno. Na baixada, o clima é tropical semiúmido, com temperatura média de 24
graus e chuvas
abundantes, principalmente na base da Serra do Mar
...
economia...
•O
Estado do Rio de Janeiro é a segunda maior economia do Brasil,
atrás
de São Paulo. A principal atividade
econômica
está
ligada
a prestação
de serviços
e ao
setor
terciário
que inclui
também
o turismo.
•O parque
industrial é composto por indústrias metalúrgicas, siderúrgicas, químicas, de
alimentos, mecânicas, editorial e de celulose.
•Extrativismo:
petróleo; responsável por grande parte da produção nacional.
•A
menor
participação
produtiva na
composição
do PIB do Estado
é
a agropecuária.
•Destaque
para a produção
de: cana-de-açúcar,
mandioca,
tomate, arroz, feijão, milho, batata, laranja e banana.
•Participação
geral
no PIB nacional:
11,2%
E
finalmente, a gastronomia!
O que mais caracteriza a culinaria
carioca é a forte influência
portuguesa, fato decorrente da vinda da Familia Real Portuguesa em
1808
e
do estabelecimento
da Corte no estado, que
foi
a Capital do Brasil até
o século
XX. Obviamente,
modificações
foram
feitas
para melhor
se adaptarem
aos
insumos
regionais.
Um opção muito carioca e muito
tradicional são os pratos a base de bacalhau, uma óbvia e
deliciosa herança
portuguesa que se estende até hoje sem muitas alterações. Aliás, existem
muitos restaurantes
especializados em servir bacalhau em todo o Rio de Janeiro,
principalmente o tradicional “Bacalhau à Gomes de Sá”. E,
para quem não sabe o que pedir, comece com um delicioso bolinho de bacalhau, fácil
de encontrar nos inúmeros botecos distribuídos pela cidade.
Bacalhau à Gomes de Sá |
Bolinho de Bacalhau
A presença
de inúmeros
outros peixes,
assim
como
de frutos
do mar, é
outra caracteristica
marcante
da culinária
carioca, graças
ao seu
extenso
litoral,
que
oferece
a possibilidade
de uma
vasta
variedade
de insumos.
Sardinha frita
Mas, talvez, a mais carioca de todas as
comidas seja a feijoada, tão querida em todo o estado. A feijoada
carioca tem que ser com feijão preto e levar várias partes do porco,
incluídos os focinho, orelhas e pés. De acompanhamento, arroz branco,
couve abafada, farofa, torresmo e laranjas. Para os apreciadores, inclui-se
também um molhinho de pimenta à parte.
A feijoada é tão típica que toda
a quadra de escola de samba serve a iguaria pelo menos uma vez ao
ano. (E
tem
coisa melhor que feijoada e samba?).
Feijoada
Carioca
•As
técnicas da doçaria portuguesa também foram bastante absorvidas pelos escravos,
com destaque para os doces à base de ovos. O quindim, por exemplo, é uma
referência da troca
entre colonizadores e colonizados.
•Confeitaria
Colombo: fundada em 1894 pelos imigrantes portugueses Joaquim Borges de
Meireles e Manuel José Lebrão, localizada no centro histórico da cidade, sendo
um dos principais pontos turísticos da região central do Rio de Janeiro.
Arquitetura e ambiente remetem à Belle Époque vivida
pela República, com toques de art nouveau. Sua
fama vem de
seus pastéis de nata e outros doces e confeitos lusitanos oferecidos aos
exigentes clientes e turistas. Entre os clientes famosos da confeitaria
estão Chiquinha Gonzaga, Olavo Bilac, Emílio de Meneses, Rui
Barbosa, Villa-Lobos, Lima Barreto, José do
Patrocínio, Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek, entre muitos outros.
Veja a receita aqui!